Ofusca minha vida

me enche de tédio

mata minha alegria

sucumbe o

que me cura

e apaga minhas iluminações

devaneios sórdidos

de piratas emaranhados de gritos

na escuridão sórdida de minhas forças

que se apagam

derrota minha esperança do

asco inebriante

de um copo de ácido

o fustigar de um remedio amargo

com gosto de lágrimas

que me queima e sufoca

no meu andar nu

iluminado a luz da lua

das velas que queimam

a luzes de um jantar romantico

lítio meu amor

meu carrasco

que me atira a realidade

meu advogado do diabo

que me liberta da culpa da loucura

que me liberta ao mundo dos vivos

e que condena quem me chama de Louca.

Mariana Luz
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