Acho que sempre estiveram parados,
Cravados em paredes de alguma cor
Que cor alguma me era percebida
 
Mas um dia
Eles passearam pela mesa dos poemas
E pousaram sobre lindas pedras
Pedras que nunca haviam cobrado coisa alguma
Apenas um pouco de atenção
 
E ao contemplá-las, sorriram-se
Como elas brilharam, incessantemente
 
Assim começou o amor dos meus olhos
Por aquelas pedras preguiçosas
Espalhadas pela mesa
Derramadas como lágrimas de boa nascente
 
E elas continuaram a nada cobrar
 
Apenas o melhor que os meus olhos
Podiam dar...
 
 
 
Juarez Florintino Dias Filho
 

Juarez Florintino Dias Filho
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