Discutíveis dualidades (sonetos)

Discutíveis dualidades (sonetos)

Imagem extraída do (Google)

O beijo (primeira parte)
 
O beijo quando nos lábios aflora,
Há muito já nasceu no pensamento.
Ele em casebres e em palácios mora,
Tendo como objetivo o arrebatamento.
 
Quando terno, o beijo a face aprimora,
No mais sutil de todo o encantamento.
Mas, pela paixão também nos devora,
Numa ardente chama de sofrimento.
 
O beijo é tirano quando lhe convém;
Velado... Meigo... E de uma crueza nua,
Servem aristocratas ou um boêmio na rua.
 
Na balança da vida, o beijo também,
Vem cintilante, entre o céu e a cruz,
Infelizmente serviu pra condenar Jesus.
 
O abraço (segunda parte)
 
O abraço também tem na vida o seu valor,
Ele sabe como exprimir paz e felicidade.
Tem doçura, ternura e carinho com amor,
E nas lagrimas nos consola com bondade.
 
O abraço por si só nos traz muito calor,
Aquece-nos e faz bem na solidariedade.
Faz que os festejos tenham mais sabor,
E um conforto tão grande na saudade.
 
O abraço é compreensivo, sem defeito.
Ele sabe acalmar nosso peito no tormento,
Tanto como demonstrar o nosso desejo.
 
É todo amoroso quando dado com jeito,
Bem recebido, salva um relacionamento,
E é muito mais sincero do que um beijo.

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Jose Aparecido Botacini
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