E vivo no inverso do verso...
Escrevo escondido, banido.
Procuro a razão, por acaso...
Sarjeio o infinito, finito.

Consisto em silêncio, gritante...
Numa tumba faleço, veneno.
Sou morto e poeta...
Amante.

No escuro eu vivo agora...
Sem rima, nem dor,
Nem brisa, nem hora.

Não fraseio na morte, ó vida.
Preciso de ajuda afogada em ardor.
Procuro um lugar:
- Quem sabe em você, amor?