Toda noite é a mesma coisa
Fico pensando na via
Nos acontecimentos do passado
No que pode ocorrer no futuro
Permaneço nessa inércia
Inconsciente, sem ação
A insônia me persegue
Pego um livro qualquer
Me ponho a lê-lo
Até o sono vir...
Mas nem sempre ele vem
Raramente ele vem...
Sinto meu corpo cansado
De passar o dia todo
Sem fazer nada de útil
Computador... internet...
TV...
Informações inúteis...
Lavagem cerebral!
Tenho vontade de fazer várias coisas
Mas só vontade não basta
Falta a tal da coragem!
Minha inspiração para escrever
Só surge na escuridão
E no silêncio da noite...
Depende do que estou sentindo
Da música que estou ouvindo
Do tamanho do meu vazio...
Os pensamentos se misturam
Dentro da minha cabeça...
Pensamentos tristes
Mesclados com minúsculos
Momentos felizes!
Preocupações com o estudo
Os textos que tenho que ler
A falta de um emprego...
O dia todo à deriva
Ou como as folhas de um coqueiro
Que tombam pra onde o vento soprar!
Observo a chuva cair
Prefiro as mais fortes
Gosto do barulho das gotas
Batendo no telhado e nas janelas
E do silêncio momentâneo
Que se faz na rua!
Quando as barulhentas crianças
Ficam ilhadas em suas casas
E nem os cães ousam latir...
É um momento de paz!
Da mesma forma
Gosto de admirar a lua cheia
Pela janela do meu quarto
Apago a luz e observo
A claridade natural
A luz prateada da imensa lua.
Acendo um cigarro
E enquanto ele queima
Continuo a pensar... pensar...
Até o sono chegar...

Escrito em: 06/03/2006

No meu quarto...