Há dores que não maculam o plano físico,

Simplesmente elas de ocultam na seara íntima

E se exibem invisíveis no arcabouço da alma.

 

São as mais danosas, porque machucam o intelecto,

Ferem escandalosamente a sensibilidade emotiva

E deitam raízes que o tempo não consegue apagar.

 

São sensações inexpugnáveis que a vida tem

Oriundas das decepções, traições e frustrações

Com a transitoriedade no embate com a existência

Que enfermam do caráter, uma personalidade doentia.

 

Dores que trancafiam inescrupulosamente a alegria,

Dissipam a essência de uma realidade vital,

Expurgam da esperança um sorriso utópico

E permitem que a fadiga personalize a morte!

 

 

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan de Oliveira Melo
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