ITAPERUNA

Itaperuna aí vou eu...
em mais uma viagem em versos, dentre tantas que já fizemos!
Para onde sigo guiado por um Dedo de Deus
Até ser recebido por um Cristo Redentor
de braços abertos sobre o 'Muriaé'!
Terra da bacia desse rio e das lavadeiras... 
onde por aqui achavam ser 'Minas' sendo no Estado do Rio e também 'estando para o Espírito Santo'!
Pela Rio-Bahia, terra da moqueca, do bagre africano, do 'angu à baiana', Clube Itapuã, 'Praia de Sossego', Caiçara, 
parabólicas e 'traquitanas' em ondas de rádio de São Paulo!
Onde também tem um 'Crisssto' ou 'Crixto' Redentor, e até 'Niterói' do outro lado da ponte!
Pra essas bandas sou levado em pensamento ao Bairro Aeroporto fazendo 'escala' por Natividade onde ainda revejo a Vó!
Seu caminho da pedra preta, barro vermelho, deitar naqueles verdes pastos, o leito de um rio amarelo e uma árvore branca de tanta garça!
Seis horas mais trezentos quilômetros e tantos anos que percorro em alguns minutos pensando em 'ocês'!
Um lugar todinho meu... do meu imaginário, expectativas e parte da minha realidade!
Vou 'rever quem já não está mais aí', mas que ainda vive na lembrança....
relembrar tudo o que já vivi por aí, e assim ainda me ver criança!
Ver quem não me esqueço, ainda não conheço, conheci e não se lembra mais de mim!
Onde fui rei do Morro do Castelo, pra onde levamos alguns amigos, e de onde trouxe alguns amores que ainda carrego!
Comer angu da barraquinha do tio, do prato de 'alumínio' na casa de pau-a-pique da minha avó...
a manteiga, e lembrar das rosquinhas que sempre trazemos!
Barrancos, trancos(do ônibus), charretes, carros de boi, 'leiteiro', 'pedra pé-de-moleque', 'Elefantina', pontilhões, fumo de rolo,
lamparina e outras histórias pra relembrarmos sempre que faltar luz por aqui!
Vou de trem que não passa mais aí, mas que ainda transita entre 'ocês' em forma de 'expressão'!
Levando na mala muitas roupas, 'hominhos' e um par de chinelos ou 'sandálias'!
Também terra natal da folia de reis, seu 'carnaval'!
'Itapiruna' aí vou eu...!
Pra estranhar minha casa ao voltar até me receber de volta a rotina!
Aí no Noroeste, num 'sertão' longe desse mar de angústias e aqui 'de quem pega a esquerda do peito'!

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DAN GUSTAVO
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