suspiros lúgubres

Meu suspiro murmura teu nome como brisa lúgubre
Num inverno orvalhado.
Perdido, procurando por você,
Desejando ser escutado.
 
Por que te chamo e não me respondes?
O que falta para você me perceber?
Estou aqui perdida, desesperada,
Chamando, clamando por você.
 
Meus suspiros alçam vôo
Como garças desiludidas.
Pendidas no ar, trêmulas,
A querer cair de tão feridas.
 
E você? Por quê não nota?
Por que não houve o meu penar?
Algoz do meu amor esquecido,
Déspota do meu lamentar.
 
Meus suspiros orvalham-se em lágrimas
Libertas no meu semblante languido.
Tempestade de uma alma despedaçada,
Dilúvio de um coração não correspondido.
 
Olha! Lá vai a última parte que ainda resta em mim,
Essa que ainda procura por você.
Justamente a parte que esquecera de levar contigo,
A parte que não é nada se não te pertencer.

*-*Raiza*-*
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