Quando o sol de verão inspira febril indiferença,

Tal como um inverno o qual precede o nada interior,

Hipocrisia e mediocridade se tornam reflexos da alma humana

Que tenta ascender sem antes entender a lama de sua origem...

 

Este dito negativismo, o qual, em suma, não é,

Em verdade é o pensamento real que expressa a ironia

De tudo o quanto sentimos e acreditamos; somos nada.

Nascemos com bombas relógios no peito, queremos tudo e nada temos.

 

O olhar cheio de vida encontrará o fim, assim como o tímido.

Cantar e rolar ou ficar quieto e soturno... (Já pensaste o que vem depois?).

Amor e ódio... A eternidade é efêmera para nós, a imortalidade, frustrante...

 

Tudo em páginas brancas de um imenso caderno.

Escrevemos nossa vida, e no fim, a borracha a apaga e restou só uma frase.

Vale a eternidade? Não. Passamos como quem acabou de ascender do barro...