Graças a liberdade que herdamos do divino, (o tal do arbítrio), podemos fazer nossas escolhas, às vezes elas são erradas e perdidas, é verdade, mas também podemos acertar bem no alvo e mesmo assim se não der certo, lembre-se do tal de arbítrio.
          Escolhemos nossas roupas, nossos estilos, nossas forças, até nossos castigos, mas quase sempre quando o assunto é o tal do coração, ah amigo, a este estamos perdidos, podemos buscar boas lembranças, amores partidos; se a paixão arrebata, ah o tal do coração fica vencido.
          Sonhamos apenas alegrar nossas almas, esquecemos o carma a até dos perigos, o destino não pede passagem, ele entra mesmo quando é impedido, resta para nós apenas fazermos parte da sua jogada, aguardando e rezando para que a nossa última caminhada seja então amenizada e sutil seus empecilhos.
          Não sou dado a mancadas e tampouco um gênio esquecido, sou alguém que deixou a sombra agradável da árvore da casa frondosa e caminhou descalço no asfalto, digladiando de maneira quase sempre equivocada, não se lembrando dos pés sangrando, porém não deixando de perceber as escaras e assim vou seguindo, vou remando meu batel em águas claras relendo meu texto cravado na mente e na alma, que o livre arbítrio, este nunca é perdido.