Pode-se perder um amor
Pode-se sentir a dor
Lembrar do que não aconteceu
Sentir o que nunca lhe pertenceu
Aquilo que nos faz bons
Nós leva ao solstício do rancor
Feridas que se abrem
E se sangra novamente
Toques que lhe aliviam a dor
Arranhões que a deixam maior
Nos segam e nos dominam
São atos e palavras
São verdades e mentiras
Que não sabemos distinguir
Nos levam ao paraíso e ao inferno
Abraçam e sufocam
Amores inocentes e infantis
Dores adultas e sem piedade
O que mais um homem quer
É o que ele nunca irá ter
Um sentimento que lhe preencha
Não de vazio, mas que lhe complete
Não atos exagerados ou palavras ao vento
Simplesmente o amor
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele