Amores meus, em cada um, fí-lo projeto.
Destino ferino que uma mulher mo deu,
Paradigma da impiedade, eu só fui resto,
Maldito pretérito que a minh’alma viveu.
Em tuas oferendas só me deste desamor,
Essa ninfa louca que ao meu idílio fanou
Senda lúgubre fêz-me um nefasto desertor,
Do romance esplendente que nunca selou.
Ó mulher! Arquiteta és da minha solidão!
Envolta estás em um falsídico sentimento
Só desejas conquistas, não vês o coração.
Do amado alhures, em pesar açoitamento.
Afastas-te! Há muito preconizas sofrimento!
Nunca te apiedes com a delusória emoção!
Ao trovador que dita versos em desalento,
Edifica na prédica a sua inexorável oração.
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