HOMENAGEM À MINHA FILHA

Filha minha, sou seu patrono genealógico,
Razão existencial dessa vontade de viver,
Sendeiro diáfano de um fado aletológico,
Divinal naco que deu vida a esse seu ser,

Juventude... quão não foi desventurada!
Capricho do destino que o fêz conhecer,
Pelos algozes, foi você uma encarcerada,
E hoje, láureas triunfais cobre seu sofrer.

Despertou o amor para uma nova vida,
Trilha as veredas luzentes pelo merecer,
Auspício do Sublime que lhe fêz querida,
Seletas amizades que fazem-na enaltecer.

As vicissitudes do seu ser não a abalaram,
Guerreira intrépida dessa vida sem saber,
Venceste o mal e a sua vitória aclamaram,
Exemplária lição que jamais vão esquecer!

Em su’alma espelha toda uma grandeza,
Perdão aos desafetos sempre hás de querer,
Ausente-se das mágoas e de toda tristeza,
Tem da vida o que muitas desejariam ter.

Esposou... foi ao enlace matrimonial,
Sê companheira constante... e pode ser...
Do seu amado, que tanto luta por um ideal,
E seus filhos, um dia, possam reconhecer.

Filhos... ah, seus filhos!... elos da sua paixão!
Espelhos de su’alma que lhes vão enobrecer,
Farão da sua vida a mais fidalga realização,
Feliz o seu pai! Feliz a herança do seu ser!