A Humanidade Prolifera


 
Cresce insano mundo,
Porque te multiplicas em cada alvorecer,
Envelhecem nossos dias,
Passam o tempo e as fantasias,
A humanidade se faz obscurecer.
 
Friamente, aceleradamente,
Imerge na noite,
Se multiplica e destrói a tudo,
Faz inferno seu próprio mundo,
O seu orgulho é seu açoite.
 
A humanidade se entenebrece,
Pois se multiplica e o mundo desumaniza,
Se multiplica em desonestidade,
Se multiplica em desigualdade,
Se multiplica em tudo e se desarmoniza.
 
A humanidade se multiplica e empobrece,
Ocupando espaços por toda a terra,
Muda a paisagem de toda a esfera,
E sob o solo nada mais floresce.
 
A humanidade se multiplica e nos entristece,
Assim como se multiplica a sede da destruição,
Até interromper a vida do próprio irmão,
Num mundo que a dor é a luz que o aquece.
 
A humanidade se multiplica,
E que história amanhã iremos contar,
Se nosso crescente mundo de dor,
Destruir o belo mundo de amor,
Que Deus pôde nos presentear.
 
Esses são relatos da indignação,
Se somos vilões de tantas guerras,
Contra nós mesmos e o que nos cerca na terra,
Criamos nosso próprio mundo de destruição.

Rodrigo Cézar Limeira
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