Tu, morena e sapeca que sequer lembrança eras, quiçá quimera infante, que fazes ora, adulta e senhora, dona de festa, de tanta promessa? Que és mais que monte de fogo e hera, sincera no jorro do prazer de que me inundas? Tu que, profunda e plena posse, me engole e me tem de tanto fervor, de tanto que chamas de amor? Que me aprazes e se me dá em oração, em plenitude de gozo, em explodir de prazer um coração? Ah! Alice, morenice, brejeirice, meiguice! Tu és sonho ou real? És risco ou luzir de corisco em minh´alma e corpo, em meu torso e calma? És Alice, e isto apenas me importa! És, do paraíso, a porta por onde me perco e tudo esqueço, já não mais vitória ou derrota! És mel de que me afogo! És meu céu!

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ALBA ALAMO
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