É improvavél que venha a entender,
o que se passa comigo por noites a fio.
Maldita hora em que fui me envolver,
seria mais sabio jogar-me em um rio.

Não consigo tirar do meu pensamento,
a ideia continua de ser só teu amante.
Quebrei minhas regras, meu juramento,
e ainda assim cada vez mais distante.

Nem  sei quando mentis para mim,
me sinto sempre vivendo uma ilusão.
Trataste meus sentimentos feito capim,
deixando secar espalhado no chão.

Acompanhando a solidão no meu quarto,
pensamentos me inundam, me consomem.
Neste mesmo momento, meio abstrato,
dormes quentinha, abraçada a teu homem.

Mesmo assim vou de encontro a teus lábios,
sabendo que sou a tua segunda opção.
Mas nem mesmo os profetas mais sábios,
explicam o avesso dessa minha paixão.

Não tenho forças para lhe impor o fim,
continuo me enganando, a esperar,
Chegará a hora em que virá até mim,
beijará os meus lábios e jamais vai voltar.

Aranha
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