Estourando as luzes
A cada dia os pensamentos
Vagos no descaso do tempo
Ociosamente se acostumam no ‘simples’ e conformado nos atos
De pensar como querem
E o querer se esquece de existir

Vejo fogos e bocas
Tão cegos!
Durante o dia
O amor que necessito não existe
E a azia do caos ingerido
Rebentando nas pedras juntos com a minha cara

A falta de futuro
O esperar para ver
O ver no que dá
E outros melindres
Nesta noite, não há nada para querer

Morrer ou viver
É uma questão de longitude
Outra amanhecer por respirar
E novos sorrisos a ver

No chão ou nos braços
Como uma flor morrendo
Ou um doce muito quente
Que derrete e queima a sua boca falha e astuta

Hoje eu não sei
Se amanhã vou querer permanecer respirando
Ou se depois,
Ou outro dia,
Irei embora ou estarei aqui
Olhando para vocês
Rindo comigo ou da minha cara

Às vezes,
Na sua volta,
Há surpresas!
Ao meu redor
Às vezes, quase sempre
Há o nada querendo me devorar...

CA-K:
05/05/2008


O que será de mim amanhã?
O que eu devo ansiar?
Porque essa falta de visão futura me mata tanto?
Egocêntrico ou infeliz?

(...)

CarbonKid87
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