Virgem, dos olhos verdes
nascestes para bailar...
os teatros que enchestes
quando estavas a dançar.

Bailarina dos amores
bailas feito um colibri,
quando está beijando as flores
bailado, igual nunca vi.

No teatro é a donzela
que no palco sempre bela,
beijo-te, a mão ao sair.

Mas quando livres das danças
solta os cabelos das tranças,
como é lindo o teu sorrir.

São Paulo, Janeiro de 2006