Me mantenho assim sem paciência 
Na calmaria, vivendo essa indecisão 
E de que me adianta ter resiliência 
Se o que predomina é o coração?  

Nos teus olhos eu não vejo a verdade
Porque simplesmente eu não os vejo 
E de nada me vale a racionalidade
Se eu ainda me perco com seu beijo.

Nos teus braços eu encontro a paz
E, simultaneamente, eu fico aflito
E o passado que já não volta mais
Poderia ter tornado tudo infinito.

Pelo passado, um presente triste
Pelo presente, futuro sem previsões
Se por nós, essa esperança existe
Por que não se entregar as emoções?  
 

Diego Rodrigues
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