Era a poesia mais bela do mundo.

Guardada dentro de mim com zelo.

Senti-me grande.

Senti-me forte.

Senti-me poeta.

Era tão bela.

E era tão frágil.

Era tão cândida.

E era tão tímida.

Deveria ir para o papel.

Expor a sua beleza e encanto.

O convencional.

Mas o afeto mútuo que havia entre nós cresceu tanto,

que ela ficou apegada a mim.

Tal pai e filha.

Uma pequenina tímida,

não desejava ficar presa no papel.

Preferiu me acompanhar para sempre,

dentro do coração.

Walkimar Aleixo da Costa Júnior
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