PAIXÃO, QUEM NÃO TEVE UMA

 
 
 
 
 
 
Vez por outra, divagando,
Como qualquer cidadão,
Recordo a juventude,
Quando tentei mais que pude
Fugir de uma grande paixão.
 
 Vencido no meu intento,
Deixei-me ir ao sabor do vento
Qual folha seca no outono.
Quando por fim dei por mim,
 Não mais de mim era dono.
 
Perdi o senso e o sono,
Estive bem perto do fim.
O tempo me trouxe à razão:
Quer ser feliz vá por mim,
Não troque amor por paixão.

Falar de amor sempre me foi muito difícil, por isso que "...na minha lira, de amores fúteis poucas vezes falo" como dizia Augusto dos Anjos.
Isto é uma tentativa, não muito válida, eu acho.
Jota Garcia
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