Chove!
E o silêncio do meu quarto é quebrado
Pelo ruído dos pingos no telhado.
Chove!
E a tristeza que de mim se aproxima
Tem em você a razão que dizima.
Chove!
E o vento frio que entrou pela janela
Me fez lembrar de nossa noite triste, aquela,
Em que o mundo parecia terminar...
Chovia!
Você chorava, soluçava e eu sorria
Pois o seu pranto, acalanto, me aquecia
E eu morria na saudade que nascia
Da incerteza, da beleza de um olhar...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença