Céu que cai jorrado,
De tua chuva envolve teu canto silêncio,
Qual abismo pretérito aberto em almas,
Permanece estático pairando através.
Se tuas reticências parassem o tempo,
Roda que nos muda,
Rival de todas as mentes que te observam,
Se teu amigo choroso cessasse soprar,
Assim, coração livre e sem peso,
Viver tua realidade torrencial,
Tornando-nos teu proprio silêncio dentro de tua esfera.

Artur de Moura Galvão
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