Entre dois corpos, no espaço

São os momentos que nos regam,
Flores sem chão,
Preces que não clamam outra vida se não a nossa,
Pois por mais que possa,
Não há deleite que embebede este vão,
Estranho lúmen que dá  vida à nossa dor,
E abre espaço à doce solidão.

Artur de Moura Galvão
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