A partilha da certeza

É a estrada da amada
Dissonante na pureza
Que existe na calçada
 
Ela vem num furacão
E dissipa –se de vez
Você pensa até que não
Mas  dias passaram três
 
E um homem se ergueu
Pra lograr o seu tesouro
Da tua fonte ele bebeu
E agora, tu és o mouro
 
Dessa cidade que sangra
Mas não pede outro abrigo
Que chora e as vezes clama
Sem ter herói  para o  perigo
 
Mas você quem quis assim
Então aguente sua cruz
Não fique triste por mim
Não estou na fila do sus.

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