Quando floresce n'alma o sentimento de amor,
Julgamos que será eterno, assim desejamos, alheios à paixão.
Nasce em nós algo celestial, algo com poder criador
E que torna uno o corpo, mente, espírito e o coração.
Entretanto, fadado ao engano como é, erra, com frequência o humano.
O "para sempre" dura não mais que alguns momentos
E emigra para outro recanto, nômade como um cigano
Deixando para trás apenas rastros de sentimentos.
Não sei porquê é assim, mas é; acontece o tempo todo.
Do paraíso perfeito, por vezes saímos e por vezes vamos ao lodo
Ou a algum Éden melhor... Os últimos podem ser os primeiros...
Mas é também coerente dizer que estes amores não são para se ignorar:
Porque mesmo que acabem, não durem e em certas almas não possam morar,
Não são mera paixão ou desejo: São amores, mesmo quando são passageiros.
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