À SOFIA

Sofia
Tu dizes que não sabes fazer poesia
Então, em pura abstracção
Participa nesta lição

Adormece sob o lençol
Embrulha-te em densa escuridão
Fecha os olhos, verás, sim
Verás um imenso clarão
Que da tua poesia será a aurora

Não tenhas medo
Pede boleia a um raio do sol
Sobe nele até ao meio-dia
Funde-te no seu plasma Incandescente
Serás, então
Dele parte, que ilumina a gente!

Aos desceres pela escarpa da tarde
Ao chegares ao cais do sol poente
Desembarca
Conta-nos lembranças da tua viagem
Das paisagens das planícies
Dos desertos, das montanhas
Dos rios e mares
Dos mares de gentes
Iluminadas por raios resplandecentes

Sofia, certamente
Vais-te lembrar dum ente especial
…em que bateu o teu raio celestial!..

Então, Sofia, quem te ouvir
Ouvirá celestial poesia!
Para treinar
Ao clarear de cada aurora
Pede boleia a um raio do Sol
À noite, tenta ser um luar
Tão brilhante, onde se veja
Que a poesia da Sofia
Ilumina como o Sol ilumina o dia
É o que se deseja
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Autor: Silvino Taveira M. Figueiredo
Gondomar/PORTUGAL
Ano 2000

Poema dedicado a uma moça, Sofia, que diz não saber fazer poesia, mas que dela gosta.

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