A SUA, A NOSSA VERDADE! AONDE PODE ESTAR?

A SUA, A NOSSA VERDADE. AONDE PODE ESTAR?
 
Na mentira do pastor
No dizer da meretriz
No amor que sufoca
Na fome do agiota?
 
Na bíblia não lida
Na bíblia imposta
Na bíblia induzida
Na bíblia fechada?
 
Na folha em branco
Na folha rebuscada
Na letra mal urdida
Na letra interpretada?
 
No calor da conversa
No silêncio da escuta
No suor do professor
Nos olhos com amor?
 
No livro mal quisto
No livro intocado
Na teoria sem valia
Na leitura querida?
 
Nas jóias não usadas
Na natural felicidade
Na lição com engano
No falar vil e leviano?
 
No bolso do paletó
Na gravata sem nó
No blues tristonho
Na crueza sem dó?
 
No céu iluminado
Na terra preparada
No bar das ilusões
Na vida sem razão?
 
Está na carapuça
Está nas mesuras
Está em mestrados
Está nos abraços?
 
Está nos embustes
No traquejo social
Na vida de ilusão
Em vãs desilusões?
 
Na casa abandonada
Na morada aquecida
Na casinha simplória
No ap frio e vazio?
 
Na casa quarto e sala
No rosto mal encarado
No peito escancarado
Em um grito de alegria?
 
Naquela estante vazia
Na mesa do restaurante
Na casa do ambulante
Na esquina inquietante?
 
No despertar da manhã
No sol que já entardece
No lento e belo anoitecer
Na desolação da madruga?
 
No amor da novela
Na paquera da janela
Na conversa juvenil
Na paixão varonil?
 
Na menina que passa
Na casa da namorada
Na casa muito agitada
No lar cheio de calma?
 
No sonho que enleva
Na insônia que enerva
No mal sem sossego
No bem do aconchego?
 
Na caminhada livre
No passeio de auto
No acender da vela
Na prece agradecida?
 
No tocar do telefone
Na espera da ligação
Na alegria pela vida
Na risada aborrecida?
 
Na imagem refletida
Na imagem passada
Na imagem forjada
Na imagem formada?
 
Na rua cheia de pó
No pó do anteparo
No pó que destrói
No que vira só pó?
 
Na mata molhada
Na cerca elétrica
No muro protetor
Na vida sem dor?
 
No brilho do asfalto
No brilho dos olhos
No brilho das luzes
No brilho do amor?
 
No caminho simples
No beco sem saída
Na calçada bonita
Na escada da vida?
 
Nas águas da bica
No calor do fogão
Na lama do costão
No bolso sem tostão?
 
No que vês da janela
Na casa toda fechada
No segredo que guardas
No guarda que maltrata?
 
Na alegria de quem parte
Na melancolia do que fica
Na tristeza que dói fundo
No carinho que usufrutas?
 
Na luz do criado mudo
No escuro que assusta
No muro já rabiscado
Na tela que nos revela?
 
No horror da falsidade
Na falta do ombro amigo
Na falta de algum retiro
Na falta de estar contigo?
 
Não está em te assumir
Não está em te aceitar
Não estará nos teus falseios?
Não está em não te enganares?
 
Estará em seres laureado
Estará em seres benquisto
Estará em seres bem vindo
Não estará em seres muito esperado?

Onde está a tua verdade?
Onde está a nossa verdade?

Não estará na nossa alma que pela Verdade ainda anseia?

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"O tolo, que se serve das formas já prontas das concepções alheias, como meio de auxilio, segue seu caminho como que se apoiando em muletas, enquanto seus próprios membros sadios permanecem inativos".Abdruschin em Na Luz da Verdade -
graal.org.br

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