CONVERSA MADRUGADA A FORA

 
Queria beijar sua boca, agora!
Queria agora, neste momento beijar você!
Devagar... Bem devagar!
Sussurros...
Bocas, mordidas, carinhos!
Lábios molhados, bem molhados...
As bocas, quase que se tocando
Entre abertas...
Olhos fitando fixamente, aumentando mais e mais a vontade de se entregar
O palpitar do peito e o tremor do corpo denunciam o desejo forte no ar
Bocas molhando mais... Língua sem tocar os lábios
Pouco a pouco os lábios se tocam, molham mais!
Mordidas escorregando com muito, mas muito carinho
Pelo pescoço voltando pra boca, molhando mais o pescoço,
Corre bem devagar pela orelhinha... E que orelhinha!
Sussurros, gemidos de vontade...
Sem poder ainda, naquele momento
Corre pelo pescoço, abastecendo na boca novamente
Molhando nos lábios quentes e com vontade!
De novo pescoçinho, orelhinha agora!
Com delícias, safadezas! Mas ao mesmo tempo com medidas
As mãos... Ah, as mãos!
Apertos junto ao corpo, em pé pedindo pra deitar!
Mas não podíamos ainda!
Então as mãos sentindo, como se fossem bocas, toda a pele devagar sem se tocar totalmente!
Bocas se molhando muito, muito e muito!
As mãos já não se agüentam!
Querem sentir, querem proporcionar o que antecede ao prazer supremo!
Descobrem o corpo e se descobrem!
Tocam o prazer, mas não pleno ainda
Brincadeirinhas deliciosas... Gemidos... Beijos
Os corpos tremem em ritmo, em cadência
Bocas molhadas, já entrelaçadas
Pescoço, gemidos...
Palavras de vontades ainda não realizadas, de desejos...
As mãos já são todas as quatro
Motivos de quase concretização do desejo anunciado
Motivos os líquidos, êxtase total!
Prazeres quase plenos aparecem...
Mas ainda não!
Não, ainda não!
Posso garantir que isso é o relato do que desejo e pretendo realizar
Com a pessoa que me levou a escrever essas linhas
E que isso ocorra exatamente em seu tempo...
    ... E que esse tempo não demore!