Desencontros

 
Ho! Dolorosa angustia que faz arrefecer
O meu coração, que descarnado sofre
Com a facínora dor do desencontro. Sinto que
Os versos morrem sem rimas e sem encantos
Desfazendo a poesia que abrandava a minha solidão.
 
Arquivamos nossos sonhos, nossas ilusões, desfraldamos
O corpo, que entregue ao açoite da desilusão padece em desespero.
Os desencontros perpetuam-se e, o meu grito ecoa no silencio,
Que corrompido feri minhas entranhas, dá num gemido melancólico,
E balbucia o seu nome que era o meu desencontrado segredo.
 
Ho! Desencontros que pela dor nos torna submissos,
Estranhos de sentimentos que brutalizam nossa alma
E que fazem sangrar nossos pensamentos, nos transformando
Em fantoches sofredores que espiam pela escuridão
Em olhares desencontrados e sedentos por compaixão.
 
Vidas desencontradas que o tempo não tangeu,
O tempo difere entre você e eu. O meu muitas horas já bateram,
Porem o seu é viçoso como a pele que o tempo não envelheceu.

O amor não tem idade, mas os desencontros são fatais. Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.