Ora, não te apaixones ainda!
Pois necessito sofrer por amor,
Chorar o desprezo que dás ao valor
Do peito em que nossa união se pressinta.
Pára! Não te apaixones ainda!
Pois sei que resta a tua sentença
Olhando meus atos com indiferença:
Mulher cruel, desprezando o que eu sinta.
A vida me deve a dor das feridas
Que olhando em teus olhos eu consegui.
Por isso não pára! E nem suaviza:
- Não sabes que eu morreria sem ti?
Reparte meu peito co'a fúria precisa,
E amarga o vinho que outrora engoli!
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