Camas mal dormidas.

 

 

 
 

 
Camas que não comportam donos,

 
Separam corpos, destruindo sonos,

 
Por razões diversas, inibindo amor.

 
Esconde em festas de mentiras mil,

 
Censuras intensas como nunca viu,

 
Endereçando ódio, expandindo dor.

 
 

 
Encantos quebrados, desgostos vividos,

 
Objetivando rumos nunca definidos,

 
Sem importar jamais aonde irão chegar.

 
Atingindo almas com a cumplicidade,

 
De insano propósito cheio de maldade,

 
Consumindo vidas em vez de amar.

 
 

 
São camas frias, e se assemelham ao aço,

 
Que nunca sentiram a força do abraço,

 
Fadando vidas e vidas à separação.

 
Não lhe infrinjo culpa aconchegante cama,

 
Mas ao entendimento do que diz que ama,

 
Pois o que viveu não foi amor, foi só paixão.

 
 

Lannes Alves de Almeida
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