K.O.tidiano

Manhã nova, vontades velhas
Que são elo vivo entre a minha vida e vidas alheias
Madrugada, orvalho, planos, trabalho
Reclamações, reclamações
Queixas, praguejo, Frustrações, Frustrações
E o sol levanta-se com o apontar de mais um dedo
O orvalho já não beija o solo
E finaliza o seu expediente
Expediente???
Reclamações, Reclamações
Cheias, chuvas, orvalho...
Foda-se! Até a água tem trabalho
Mas agora goza férias num lugar pacato
E o sol vai sorridente lá no alto
Iluminando pensamento escuros
Dando luz a este percursso tão duro
Longo, fatigante e de escassas recompensas
Antigo, Colectivo e resultante de vastas promessas
Falsas... aquelas, essas...
Verdadeiras algumas
Lindas como seres na flor da idade
Duras como o despertar para a realidade
A minha realidade...
E por mais que o sol Brilhe e aqueça
Finda o dia do mesmo jeito que começa
Calmo e assíduo no horário
Sempre eminente, mas agora ao contrário
Os mesmos velhos passos na calçada
Substituídos por eles mesmos numa versão mais pausada
Mais arrastar, menos correr
Mais pensar e menos debater
Morre o dia...
E as pernas já só almejam andar na cama
Mais 1 ano, mais 1 mês
Incontáveis passos , 7 dias
Mais uma semana

...

Paragem do autocarro

Rob Shenquineru
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