Nastálgico amor inocente

Nastálgico amor inocente

A primeira sílaba do meu nome já não é mais dita com tanto carinho;
A conta elétrica em casa já não é mais algo tão elevado.

Ah... Saudades... Saudades...

Saudades da menina que se escondia atrás do muro de casa,
Gritava  "Rô"  e depois saía correndo, como se fosse uma atleta,
A atleta mais encantadora dos cem metros livres.

Saudades daquele banho demorado,
Em que eu me perdia debaixo do chuveiro pensando nela
E só depois dava conta do tempo gasto
Sem ao menos ter esfregado sequer um dedo do pé.

Ah... Saudades... Saudades...

O tempo, que quase tudo leva consigo,
Só não levou as lembranças do meu lindo amor inocente,
Só não destruiu o meu orgulho por ter vivido um amor sapeca.

Ah... Lindo amor inocente...
Gostoso amor sapeca!

Estou feliz por ter a honra de sentar numa cadeira,
Ouvir o canto dos pássaros e ainda poder dizer:
Não importa para onde eu vá,
Sempre levarei comigo as deliciosas lembranças da minha infância,
Sempre levarei comigo a alegria de um dia ter vivido
Num mundo colorido, onde só as crianças pintam com amor.

Rogerio dos Santos Rufino
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