Abril

 
De vida passadas, irmão, avó,
Primo, tio... Só restarão as
Lembranças sútis que sempre
Revigoram em dias de Abril.
 
Sou incompreendido, sensível,
Limitadamente ante-hostil, pelo
Espaço que por dias me sirvo
E já não importa se ainda é Abril.
 
Sobrevivo nesse rateio, creio
Que para ratificar, o quanto se
Sofre e mais ainda de solidão
E mesmo assim não valho nem um tostão.
 
Vida áspera, saga finita, face
Ante-retorcida, maquiavélica e bendita.
Os meus lábios almejam se acoplar, em outros
Tão divinos, na mesma forma de amar...