Se tento escrever um poema numa folha da roseira,
a folha é pequena e o verso fica imcompleto.
Sem sentido, as letras passeiam
e não chegam a lugar nenhum...
Até que alguém cante uma canção de amor.
A melodia o vento trará
e a letra será sussurrada através de um poema
escrito por minhas mãos na madrugada insone.
E eu cantarei !
Acompanhando a canção
com meus lábios embebidos em mel.
Canto sim, canto forte e alto,
pois meu canto é de liberdade !
Descubro que a felicidade mora bem perto da minha saudade.
Então faço-lhe uma visita
e a convido pra tomar chá comigo,
na tarde fria de inverno.
Ela vem, sei que vem...
E quando chegar,
trará consigo a esperança envolta num buquê de rosas amarelas
e a vida numa chuva de sorrisos...
No capacho da porta de entrada,
estarão as tristezas que guardei numa marca barrenta
na sola dos meus sapatos...
São apenas manchas... E a chuva irá lavá-las ...
Sei que irá ...
____________________________________________
Cassia Eller
Segundo sol
(esta é a canção)
.em casa, terça feira de sol...08/05/2007
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença