É típico da crítica e ética o apontamento.
A análise científica do eixo moral e o que se quantifica.
Há que haver uma definição, causa, entendimento;
Mas ao ser humano, nenhuma lógica se qualifica...

A humanidade em si é pura e simplesmente sociopata.
Eu mesmo tenho um imenso fascínio pelo mal,
Ajo arrogante, sou perverso em minha ânsia nefelibata
E amante da violência e destruição de tudo, afinal.

Acho magnífica a manipulação e a mentira!
Quero ver as partes explodindo, ser um arauto da matança!
Beber da vingança, saciar em barbárie minha ira
E me aliviar com isso, ficar feliz feito criança...

Arranquem do pudor tudo o que sinto de luxúria,
Porque é incontestável a minha pornografia.
Alimento-me de ódio, rancor, indiferença e fúria
E canto réquiens cacofônicos em minha idiossincrasia!

Não consinto a ordem e a lei, porque sou um monstro!
Vomito heresias, vejo lógica no abuso
E quero a crueldade em tudo o que demonstro!
Eu amo a ruína e a morte... E nisto estou incluso...

Abraço fortemente a hipocrisia da defesa
Dos fracos e oprimidos e finjo piedade e afeto.
Mas há uma espécie de distorção na minha natureza
E vejo o inferno no céu onde fica o meu teto!

E se estiver saciada a fome que cansa minha barriga,
Não ligo para o julgamento que me põe insano.
Espero que me convidem para alguma liga...
Porque assim é o demônio chamado ser humano!