Meus pêsames, atores da geopolítica!

Uma súcia de plenos mentecaptos

Numa overdose de cínicos larápios

Destroçando a vida da plebe empobrecida

Onde tudo é fraude nesta terra paradisíaca!

 

Embora seja vermelho o sangue de todos,

Grandes catástrofes enfermam o mundo...

O que fazer diante deste lodo profundo?

Índios que sofrem com a fúria dos touros,

Sem terras que mentalizam do poço o fundo

Também invadindo propriedades dos outros,

Amparados pelas leis esdrúxulas do latifúndio...

 

Verdades que existem perante o anacrônico

Ambiente em que se vive... Tudo isto, até quando?

Mazelas e miasmas doutrinam o discurso fônico,

Ouvem-se falsas promessas e o povo em pranto

Sedimenta a confiança neste intenso teatro biônico!

 

Palavras já não há, é preciso congregar atitudes.

Ativar a esteira da benevolência e buscar socorrer

Com sérios programas e visando às altitudes

Indispensáveis ao bem-estar e ao sincero prazer...

Fraternidade e amor ao próximo devem ser atitudes

Identificadas no coração opresso do homem comum e ter

Consciência de que a existência é rica e, amiúde,

Afetos que se ligam pela eternidade afim do éter,

Rebuscando-se cada vez mais a perfeição: plenitude!

 

 

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan de Oliveira Melo
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