Em seu pastoreio pelo amanhecer, a brisa fria da noite ainda faz soprar suas roupas. Logo, a quentura faz escorrer água do rosto. Prostra-se em direção a um lugar que não mais está. Sabe que, ao final, a ausência é muito maior. Em todas as direções, silêncio. Se pergunta até quando, diz que fez e faz o seu melhor a cada dia. Lembra de culpar seus irmãos "A culpa é deles e daqueles", pensa, porém, em si e na unidade. O que seria das trevas sem a luz e o contrário? Aos presentes e viventes a chance de ruptura e de reparo. Cai água em seu rosto, não mais pelo sol. Chora, como seus filhos ainda hoje. E as gotas semeando amargo pelas areias...
Não por muito tempo, falta pouco!
Para nós, falta pouco.

Isadora B. Ab
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