Quando durmo eu lhe visito,
Meus lábios brincam no seu corpo
Despido de tudo,
Arrebento as portas
Da sensatez, 
Quebro as correntes do bom senso, 
Queimo por dentro
Quando lhe invado
Lençol molhado,
Roupas pelo quarto
Uma necessidade de beber
Toda a sua seiva,
De sugar até a última gota 
Sem nenhuma culpa
Com a coragem das putas,
Com a ousadia de quem furta,
Sem medo de nada
Mas há  tantos segredos nessa toalha
Que assusta o desejo,
Bate até uma fraqueza
Enquanto os meus dedos
Brincam pelo seu mundo a fora 
O tempo me apressa,
Transborde logo agora,
Abra as comportas,
Despeje o ardor,
Pois já passou da hora.
O galo já cantou

Tatiane Correia Silva - Compositora/Poeta (SALVADOR-BA)
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