Anelei meus sonhos em ombros postiços

E me vi nauta duma vergonha sentimental

Que abalou meus bastardos desejos e mal

Me depus a matutar sobre tantos feitiços...

 

Belicosos devaneios são atores de sinagogas

E vivem a estuprar os adolescentes pensares

Que vagueiam libertinos sobre inúteis oásis,

Onde a vida inflama e grita, mas não empolga.

 

Numa espádua sequiosa de arrebatamentos

Inalei o vértice do amar a controle dos ventos,

Balbuciei trechos oníricos, sonhando o psíquico!

 

No remate do indolor anátema que é a paixão,

Vi-me coagido a desabrochar inteiro o coração

Para que o amor pudesse fluir límpido e lírico!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

 

 

Ivan de Oliveira Melo
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