Pelas catacumbas da existência

Vivem as bactérias que comem

A carne apodrecida que é totem

Dos antepassados em penitência.

 

Nos mausoléus onde estão ossos,

Também existem vermes raçudos

Que engolem o tutano do mundo

E vivem a rastrear seres devassos.

 

Parasitas canalhas da sofreguidão

Em cuja essência maltrata da vida

Aquilo que foi consciência e parte

 

Da sabedoria cósmica de um tufão

Que foi vivente desta seara bendita,

Que no absinto do orbe virou arte!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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