Sinto me na janela cativa de uma cela em frente ao mar. Onde só posso contemplar com minhas janelas da alma esta beleza rara. Sem poder tocar, cheirar, beijar, abraçar e amar. É como nadar, nadar e morrer na praia. É como amar, amar e não poder estar na gabaia.
Meu corpo está preso por uma pandemia, mas minha alma está solta por esta linda amiga e meu coração está radiante e tenro como um beija-flor. Pois é você meu diamante moreno e meu amor.
"No espelho destas águas vejo a face luminosa do amor"
No escorreito destas areias vejo a face vertiginosa do pendor.
No braseiro deste sol vejo a face brilhosa do ardor.
No cheiro deste ventos sinto a face libidinosa da flor.
No leito destas ondas percebo a face maravilhosa do clamor.
Irei te amar na aurora, com muita glória.
Irei te amar no crepúsculo, com muito orgulho.
Irei te amar no luar com muita dedicatória e te cultuar.
É como uma sereia que aparece de repente com sua voz de soprano com louvor, enfeitiça-me, hipnotiza-me e depois me afoga na foz do pranto do amor.
Nem o azul do mar e o azul do céu é mais lindo que seu brilho, seu sorriso.
"Quando eu mergulhei no azul do mar sabia que era amor e vinha pra ficar".
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