Quando eu morrer...

Noticiários não sairão em minha homenagem.

Um minuto de silêncio não será necessário.

Não valerá nada uma imagem minha.

E não farei parte de nenhum imaginário.

 

Quando eu morrer...

Uns chorarão por mim.

Uns chorarão de mim.

Uns chorarão sem mim.

Uns não chorarão.

 

Quando eu morrer...

Cortarão a árvore onde meu nome está talhado.

Meus velhos livros serão libertados.

E antigos bilhetes serão esquecidos.

No passo seguinte do que já não sou mais.

Do que já serei mais.

 

Mas antes de eu morrer...

Só escute um pedido.

Simplório como as flores de plástico que me velarão.

Não errem o nome na lápide de papelão,

deste miserável esquecido.

Walkimar Aleixo da Costa Júnior
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