INSÔNIA
Coça a mão
Bate o coração
Da sinal de insônia
O guarda apita
Pelas ruas esquisitas
O cão se agita
Noite inimiga
Vou correr para escrever
À noite adentro
O tempo chuvoso
No coração nervoso
Vou com os dedos
Tocando o teclado bondoso
Sem da tempo para o ente
Vou seguindo as linhas vão correndo sozinha
Como um trem desgovernado vai passando nas trilhas sem vírgulas
Sem ponto sem luz sem sinal com as linhas tontinhas respiração
Quase nada não posso parar nem as lágrimas enxugar pode rolar
Nem meu corpo eu não sinto só escuto um som meio baixo a alma
Distante buscando horizonte infinito vazio uma praia ou um rio
Um lugar bem distante ali mesmo me encontro
Com a mente bem lenta coração barulhento versos sangrentos
Rima perfeita para uma noite chuvosa
O céu está gripado
As estrelas de cama
A lua chateada
Poetisa magoada
O poema sozinho a noite vazia na ventania
Alma bandida também se esqueceu da desconhecida
Escrita em
08 De Agosto De 2012
Poetisa Desconhecida
DESÂNINO NA ALMA
Tem hora que da um desânimo na alma
Saudade dos amigos
Saudade da família
Saudade do passado
Saudade de tudo
Saudade até do que eu não vivi
Tem hora que da uma tristeza tão grande
Minha maior inimiga é a saudade
Ai me dano a escrever escrever escrever
Não sei se agradeço a Deus por esse dom
Ou pela saudade
Muitas vezes sinto saudade
Não sei nem do que
Sinto saudade também de algo
Que me foi interrompido
Um abraço
Um aperto de mão
Um beijo na testa
Boa noite mãe
Bença mãe
Deus te abençoe filha
No fundo acho que a maior saudade da minha vida
Acho que é isso
Deus te abençoe filha
A própria vida te interrompe
De viver
De ser feliz
De ouvir a frase
Que te faz feliz
Que saudade da minha mãe
Que saudade da minha vó
Que saudade da mãe que eu não tive
Que saudade da minha vó que a vida interrompeu de eu continuar
Tê-la
Escrever é minha última chance
De sobrevivência
Escrita em
08 De Janeiro 2013
10: h
Poetisa
Desconhecida
Esses dois poemas foram escritos em datas diferentes
Mas hoje eles se juntam a minha dor
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