Insone, eu sinto o seu sentir, senhora!
Sobeja em mim saudade sem remédio
e, tolo, tento, então, tolher o tédio,
mas fico a fim do fim e o fim: demora...


Eu fito a face feia do agora
e meu medo maior infame e nédio
é não sorver seu santo e são assédio,
que é meu mel  e onde o meu eu mora!


 Eu era um anjo e a luz em mim ardia;
queimava sem queimar a quem, de fato,
amei, mas com o amor mais inexato...


Até tentei a tática tardia
de por a mim por par da poesia
 apenas pra compor o seu retrato...


Ronaldo Rhusso