Como o vento que te pega de surpresa
Chuva de primavera de repente
Um amor jovem adolescente
Meu solo de coração adulto se reserva
Aprendido todos os tombos e escorregos
Para que ficar se escondendo na coxia
Felicidade não rima com hipocrisia
Então seja mais você com desapego
Não tenha medo de se dar a você mesmo
Enquanto tiver medo será cego
Eu que não tenho vergonha não me nego
A tentar mais uma vez um aconchego
Quem tem medo de morrer, tem morte em vida
Quem tem medo de viver, só tem a morte
Quem segura seu azar, engana a sorte
Mas quem tem coragem de ser feliz sara as feridas
Inesperadamente como lhe tomou essa tristeza
Que a alegria lhe arrebate agora
Jogue as besteiras pra lá, vamos embora
Culpar os outros por sofrer é falta de nobreza
Por conseguinte com o que tenho me contento
Pois sabedor que logo terei minha herança
Merecida como um doce à uma criança
Meus sorrisos fartos distribuo ao vento
Reconheço o tamanho do meu fardo
Mas não reclamo desse peso, é minha glória
É tudo muito passageiro, não demora
Saiba esperar, pois nada é por acaso
Saiba viver pois tudo tem sua hora

Está tudo dentro de nós, todas as respostas. Se pergunte e busque com sinceridade ouvir sua voz interior. É massa.
André Ferreira
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