UMA ROSA SOLITÁRIA

UMA ROSA SOLITÁRIA

Uma rosa solitária,
Foi tudo que restou,
De uma felicidade imaginária
E de um amor que não vingou.
 
A ilusão faz parte da vida,
È um véu que nos tolda a visão.
A desilusão é por demais dolorida,
Por vezes supera a razão.
 
Ah! Como clamei contra o mundo!
Eu o acusei de toda minha desdita,
O meu desespero era tão profundo,
Perfeito retrato de minha alma aflita.
 
Eu que me julgava, amado, querido,
Que havia escravizado a felicidade,
Não imaginava mais tarde ser ferido,
Ferido de morte pela infelicidade.
 
A pessoa amada que pensei ser minha,
Fugiu por entre meus braços sem dizer adeus.
Levou com ela toda ilusão que eu tinha,
Tornando tenebroso, o resto dos dias meus.
 
Diante do que dela restou,
Fiz para ela uma breve oração.
Embora saiba hoje que ela não me amou,
Não dá para esconder era dela meu coração.
 
Deixo para ela uma solitária flor
E o meu pranto a alguém que por mim passou.
Lágrimas eu derramo sim, por minha dor,
Na desilusão do amor que não vingou.
 

Doloroso é para quem se julga no pedestal e dele cai! E eu cai! Pensei ser dono da felicidade e me enganei. Pensei ser um privilegiado do amor, mas me enganei. Tudo não passou de uma triste ilusão, fui enganado pelo amor e o que me resta agora é lamentar o que eu não tinha e que perdi.

Reminiscências do passado.