Devolvo-te a ilusão que escrevi em versos
Rimando com emoção e tesão
Devolvo-a em forma d’esilusão
E o semblante em tristeza submerso
                                      
Devolvo-te os elogios, incansavelmente ditos
Sem vaidade nem agradecimentos
Devolvo-te a’legria vivida e os bons momentos
E os risos? Devolvo-te todos contidos
                                                        
Devolvo-te mensagens, dança e concerto
Sem respostas, sem ritmo nem afinação
Devolvo-os embalados numa desilusão, sem conserto
 
Devolvo-te um amor em frustação
E a força da atração embrulhada em desolação
___Só não devolvo-te meu coração e a minha capacidade de amar.         
 

(Essa é minha terapia – depois dessa seção estou quase curada)

Natal-RN, 17 de Abril de 2012 – 00:07 minutos.

Ildérica Maria de Souza Nascimento
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