Trancames, num cofre
Como se eu fosse um processo
Cancelado por um juiz qualquer.
Trancames...
Como se eu fosse um papel inútil
No arquivo abençoado, das tuas entranhas,
Das tuas vísceras sensuais.
Onde bebi taças de champanhe
E licores dessecados de prazeres,
sem iguais.
Em camas arrumadas de motéis,
onde todo o cenário doido,
fazia-te vibrar em gritos hilários.
Trancames...
Agora nesta gaiola fria.
Como se eu fosse um pássaro,
Sem ter a razão de ver o dia.
Trancames...
Trancames...
Trancames...
Mais diz, para todos...
Que foste minha.
Um dia. Num cenário insano.
Num festival de champanha
De sacanagem e poesia.
Nilópolis, 20/01/2011.
José Lopes Cabral
Enviado por José Lopes Cabral em 20/01/2011
Alterado em 21/01/2011
Código do texto: T2740970
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